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"Alguns me chamam de artista plástico, mas eu me considero um pintor, porque o que eu realmente sei fazer é pintar. Meu nome de batismo é José Jaime Costa e nasci no dia 27 de setembro de 1957. Salve São Cosme e São Damião!!"
As obras de Geléia da Rocinha, desde o começo de sua ascenção profissional como pintor, ultrapassam as fronteiras das salas de exposição. O trabalho do artista inspira profissionais de diversas áreas, que o ingressam no mundo da moda, design e arquitetura. Em 1999, em parceria com Gringo Cardia e Lilian Pacce, o artista criou cinco ilustrações para as páginas da revista internacional Big Magazine, em edição especial sobre o Brasil. Ele foi destaque na Semana de Moda Lucky Strike de 2001 e desenvolveu uma bem sucedida linha de biquinis para a grife Balneário em 2002 e 2003. A Cervejaria Devassa tem um painel de azulejos (destaque na foto) assinados pelo pintor em um de seus badalados points. Sua pinturas foram ampliadas em escala gigantesca e ocupam toda a extensão da fachada da Sala Baden Powel, em Copacabana. Sua versatilidade talvez seja explicada por seus traços gráficos fluirem uma grande espontaneidade, que formam o seu universo favela-pop.
"Eu era porteiro da Globo há muito tempo atrás. Certa vez, começou lá uma discussão sobre armas e eu falei a todos que tinha o maior medo disso. Meus colegas começaram a rir de mim e perguntaram como é que eu poderia ter medo de armas se eu morava na Rocinha. Mas era justamente por conhecê-las e saber o estrago que elas fazem, que eu tinha (e ainda tenho) medo delas. Nesse momento, estava próximo de nós Nelson Rodrigues (escritor e dramaturgo), que ouvia a conversa e comentou que eu parecia o Guarda Geléia, personagem de um quadro do programa do Jô Soares daquela época. E aí o apelido pegou."
Desde então José Jaime é conhecido como Geléia da Rocinha, sobrenome escolhido por ele mesmo e que anuncia a sua origem.
(trecho extraído de entrevista para o site http://www.macaenews.com.br/, em 2003)